terça-feira, 6 de maio de 2008

Curiosidades (1)

Os manifestantes de Maio de 68, utilizavam das cores negro, azul e vermelho, nas quais representavam respectivamente o anarquismo, o romantismo revolucionário e o marxismo.
Os cartazes com palavras de ordem eram muitas vezes produzidos manualmente pelos estudantes, e utilizavam da pichação nos muros de Paris, onde se expressavam. Nos panfletos distribuídos continham "instruções sobre o 'fazer Maio'. Ou, um quê fazer de Maio!", com expressões do tipo: "Sejam realistas, exijam o impossível", "Faça o amor não a guerra", "A imaginação no poder", "Abaixo o regime gaulista, antipopular de desemprego e miséria".

Acima, vídeo com reportagem, em francês, sobre os protestos com cenas das manifestações dos estudantes e confrontos com a polícia.



Texto elaborado por Flavia Alli

quinta-feira, 1 de maio de 2008

O subjetivo

"Garantir o equilíbrio sexual do estudante", a partir de então o mundo nunca mais foi o mesmo. Essa frase, dita pelo estudante Marc Daniel Cohn-Bendit - conhecido como Dany-le-rouge, deu surgimento a uma série de acontecimentos na França, em 1968, em busca da liberdade moral sexual, da subjetividade, da liberdade de imprensa, do amor, do ócio e da felicidade. Maio de 68 criticava a política conservadora da época, a sociedade de consumo, o burocrático, o "chato", o sistemático, o individual. Influenciou diversos movimentos estudantis e de contracultura do Uruguai à Alemanha. No Brasil teve forte papel durante a ditadura militar, embora o A.I. 5 viesse a censurar de vez todo e qualquer tipo de manifestação de oposição.
Vale ressaltar que 1968 foi um período de transição da sociedade, pois o fim da II G.M. deu início à Guerra Fria, na qual o capitalismo e a globalização iam ganhando territórios pelo mundo. O mundo estava possuído pela indústria cultural, na qual o sujeito só seria cidadão se fosse consumidor. Diante desse cenário, esses estudantes se perguntavam onde ficariam as questões sociais que dizem respeito ao ser humano. Simultaneamente a esses fatos, o Movimento Hippie ganha força embasado no pensamento de "amor livre" e "mente aberta".
Maio de 68 deixou a nós heranças tanto imagética quanto ideológica. Deixo, então, uma questão a refletir no mundo contemporâneo: Se somos o futuro da nação, onde estaremos nós, que não lutamos pelo que acreditamos sentir?

Referências Bibliográficas:

SCHERER, Amanda Eloína (Org.).Utopias e distopias: 30 anos de maio de 68.Santa Maria: UFSM/Mestrado em Letras, 1999.



Texto elaborado por Flavia Alli