"Garantir o
equilíbrio sexual do estudante", a partir de então o mundo nunca mais foi o me

smo. Essa frase, dita pelo estudante
Marc Daniel
Cohn-
Bendit - conhecido como
Dany-
le-
rouge, deu surgimento a uma série de acontecimentos na França, em 1968, em busca da liberdade moral sexual, da
subjetividade, da liberdade de imprensa, do amor, do ócio e da felicidade. Maio de 68 criticava a política conservadora da época, a sociedade de consumo, o burocrático, o "chato", o sistemático, o individual. Influenciou diversos movimentos estudantis e de
contracultura do Uruguai à Alemanha. No Brasil teve forte papel durante a ditadura militar, embora o A.I. 5 viesse a censurar de vez todo e qualquer tipo de manifestação de oposição.
Vale ressaltar que 1968 foi um período de transição da sociedade, pois o fim da II G.M. deu início à Guerra Fria, na qual o capitalismo e a globalização iam ganhando territórios pelo mundo. O mundo estava possuído pela indústria cultural, na qual o sujeito só seria cidadão se fosse consumidor. Diante desse cenário, esses estudantes se perguntavam onde ficariam as questões sociais que dizem respeito ao ser humano. Simultaneamente a esses fatos, o
Movimento Hippie ganha força
embasado no pensamento de "amor livre" e "mente aberta".
Maio de 68 deixou a nós heranças tanto
imagética quanto ideológica. Deixo, então, uma questão a
refletir no mundo contemporâneo:
Se somos o futuro da nação, onde estaremos nós, que não lutamos pelo que acreditamos sentir?
Referências Bibliográficas:
SCHERER, Amanda Eloína (Org.).Utopias e distopias: 30 anos de maio de 68.Santa Maria: UFSM/Mestrado em Letras, 1999.
Texto elaborado por Flavia Alli